Prevalência e fatores associados aos acidentes de trabalho em uma indústria metalmecânica

Autores: Bez Batti Gonçalves Steffani, Mamôru Sakae Thiago, Liberali Magajewski Flávio Ricardo

Resumen

Introdução: Os acidentes de trabalho vitimam mais de 700 mil trabalhadores anualmente no Brasil. Dos três setores econômicos o maior responsável pelos acidentes de trabalho no país é o industrial. Dentro desse setor, a indústria metalúrgica e a metalmecânica se destacam pela proporção de afastamentos decorrentes de acidentes e agravos relacionados ao trabalho. Objetivo: Analisar os riscos ocupacionais existentes e o perfil associado aos acidentes de trabalho ocorridos em uma indústria do setor metalmecânico no período 2007 a 2015. Métodos: Estudo transversal, realizado em indústria a partir das análises dos dados das comunicações de acidentes de trabalho (CAT) emitidas pela empresa. Resultados: O perfil sociodemográfico e ocupacional predominante dos acidentados na indústria estudada foi o trabalhador do sexo masculino, entre 18 e 29 anos, caucasiano, casado ou em união estável, com nível superior incompleto, soldador/montador e com menos de 5 anos de serviço. As lesões mais frequentes produzidas pelos acidentes ocorridos no período estudado foram: fraturas, luxações, distensões, contusões, escoriações, cortes e amputações; e os agentes causadores mais comuns foram peças de metal. As maiores taxas de acidentes de trabalho ocorreram nos anos de 2008 e 2012, anos associados a períodos de recessão econômica que atingiram o setor metalmecânico. Conclusão: Os registros de acidentes estudados, no qual predominaram os afastamentos por mais de 15 dias, para além da indicação de um setor com perfil de riscos de acidentes graves, podem expressar uma estratégia seletiva patronal, que optou pela omissão do registro dos acidentes de menor gravidade.

Palabras clave: Medicina do trabalho traumatismos ocupacionais saúde do trabalhador..

2018-10-25   |   127 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 16 Núm.1. Enero 2018 Pags. 26-35 Revista Bras. Med. Trab. 2018; 16(1)