A importância da interdisciplina (médico/psicólogo) na reprodução assistida

Autores: Di Sessa Sidnei Roberto, Antunes Filho Nelson

Fragmento

Vivemos em uma sociedade padronizada, onde valores e conceitos são transmitidos de forma bastante intensa. Estes, muitas vezes cristalizados, são passados de geração a geração sem receber qualquer tipo de questionamento significativo, que possibilite encontrar outra verdade. A maternidade/paternidade é uma destas questões, muito presente em todos, desejada e cobrada por familiares e amigos, de tal modo que parece tão normal que os valores ou limites entre as pessoas não são respeitados. A dificuldade de um casal para engravidar e/ou a descoberta de que há algum tipo de infertilidade faz parte de um processo muito sofrido, incluindo sentimentos de impotência que interferem na capacidade de seguir adiante para concretizar suas expectativas. Isto influi muito na vida de ambos alterando de modo significativo a estima, trazendo sentimentos de culpa, incapacidade, raiva, depressão, decepção, angústia, frustração, tristeza, ansiedade, distúrbios sexuais e de relacionamento, comportamentos obsessivos e, dependendo da forma como eles lidam com este problema, somatizações variadas. A idéia da infertilidade normalmente se generaliza e os casais sentem-se inférteis para a vida como um todo, por exemplo: para o trabalho, para a vida social, familiar... Quando os casais chegam aos consultórios, seja do médico, seja do psicólogo, muitas vezes, acrescido ao sofrimento da infertilidade, trazem um grande sentimento de frustração devido ao insucesso das tentativas anteriores. Neste momento, necessitam ser ouvidos, compreendidos e acolhidos tanto clinica como psicologicamente.

Palabras clave: Reprodução assistida infertilidade.

2007-08-07   |   1,178 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 1 Núm.2. Octubre-Diciembre 2004 Pags. 15-16 AHE 2004; I(2)