Uma abordagem ética do carinho ao final da vida

Autor: Ellenberg Eytan

Fragmento

Eytan Ellenberg explora a significação de comunicar e de escutar o cliente em fase terminal para evitar os sentimentos de abandono e de sofrimento. É demasiado difícil entender "racionalmente" a importância da comunicação ao final da vida. Esta fase do cuidado com o cliente é dolorosa, complexa e, em geral, amplamente diversa. A considerar, ainda, que estes desafios vão além dos deveres que o profissional do cuidado em Saúde (PCS) tem diariamente, pois, ao abandonarem os clientes aos seus sofrimentos, ao trancá-los no isolamento, ele poderia somente exacerbar a situação-problema. Freqüentemente considerada como questão de fundo para o cuidado em saúde, a comunicação ganha importância ao final da vida. Nesta fase final da vida, quando a tecnologia não mais tem papel preponderante no relacionamento com o cliente, novas oportunidades são criadas para cuidar, escutar e debater. Ao adotar a abordagem puramente científica no intuito de realizar efetivamente cuidados para estes clientes, há o perigo d e negligenciar as necessidades individuais do sujeito ou mesmo serem mal compreendidas. Este desafiante tema sobre a importância da comunicação nos hospitais, quando dos procedimentos de cuidado paliativo combinado com outros com base na linguagem e na comunicação, como conseqüência já existem recorrentes estudos adotando uma perspectiva mais filosófica. Eles evocam os trabalhos escritos de Emmanuel Lévinas e do mestre talmúdico Marc-Alain Ouaknin para sustentar o carinho ético e o diálogo como um modelo para os PCS olharem seus doentes terminais.

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2010-10-25   |   1,128 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 2 Núm.2. Abril-Junio 2010 Pags. RPCF 2010; 2(2)