Autores: Branco de Almeida Maria Fernanda, Guinsburg Ruth, Martinez Francisco Eulógio, Procianoy Renato S, Rodrigues Leone Cléa, Martins Marba Sérgio Tadeu, Sousa Suppo Rugolo Lígia Maria, et al
Objetivo: Avaliar os fatores perinatais associados ao óbito neonatal precoce em prematuros com peso ao nascer entre 400 e 1.500 g. Métodos: Coorte prospectiva e multicêntrica dos nascidos vivos com idade gestacional de 23 a 33 semanas e peso de 400-1.500 g, sem malformações em oito maternidades públicas terciárias universitárias entre junho de 2004 e maio de 2005. As características maternas e neonatais e a morbidade nas primeiras 72 horas de vida foram comparadas entre os prematuros que morreram ou sobreviveram até o sexto dia de vida. As variáveis perinatais associadas ao óbito neonatal precoce foram determinadas por regressão logística. Resultados: No período, 579 recém-nascidos preencheram os critérios de inclusão. O óbito precoce ocorreu em 92 (16%) neonatos, variando entre as unidades de 5 a 31%, e tal diferença persistiu controlando-se por um escore de gravidade clínica (SNAPPE-II). A análise multivariada para o desfecho óbito neonatal intra-hospitalar precoce mostrou associação com: idade gestacional de 23-27 semanas (odds ratio - OR = 5,0; IC95% 2,7-9,4), ausência de hipertensão materna (OR = 1,9; IC95% 1,0-3,7), Apgar 0-6 no 5º minuto (OR = 2,8; IC95% 1,4-5,4), presença de síndrome do desconforto respiratório (OR = 3,1; IC95% 1,4-6,6) e centro em que o paciente nasceu. Conclusão: Importantes fatores associados ao óbito neonatal precoce em prematuros de muito baixo peso são passíveis de intervenção, como a melhora da vitalidade fetal ao nascer e a diminuição da incidencia e gravidade da síndrome do desconforto respiratório. As diferenças de mortalidade encontradas entre os centros apontam para a necessidade de identificar as melhores práticas e adotá-las de maneira uniforme em nosso meio.
Palabras clave: Puntaje de apgar peso al nacer edad gestacional recién nacido de muy bajo peso mortalidad infantil prematuro síndrome disneico respiratorio del recién nacido.
2011-07-18 | 445 visitas | Evalua este artículo 0 valoraciones
Vol. 81 Núm.2. Abril-Junio 2010 Pags. 112-120. Arch Pediatr Urug 2010; 81(2)