Resumen

Contexto: As Convenções 155 e 161 da Conferência Internacional do Trabalho e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 justificam a necessidade do país investir na preparação de profissionais que atuem na área da saúde dos trabalhadores. Objetivos: Estudar a situação nacional do ensino de Medicina do Trabalho nos cursos de formação para médicos através das respostas às seguintes questões: proporção de escolas médicas que ministram a disciplina, características do corpo docente, como as aulas são ministradas, temas discutidos, referências utilizadas e principais dificuldades. Métodos: Em pesquisa no banco de dados do Ministério da Educação foram apontadas 176 escolas médicas autorizadas a matricularem alunos; foi possível comunicação com 159; destas, 39 ministraram a disciplina durante 2008. Estudos em outros países possibilitaram a obtenção de dados comparativos. Resultados: Predominam escolas médicas na região sudeste do país. A maioria dá caráter obrigatório à disciplina. Visitas a locais de trabalho e discussão de casos clínicos com pacientes são utilizados como método de ensino em grande parte delas. A relação número de alunos por docentes foi de 1 para mais de 40 em 15 escolas (38,5%). O número e o enfoque dado os temas citados como conteúdo das atividades teóricas são variados. Também são variadas as referências recomendadas aos alunos. Apenas em 26 escolas (66,6%), a disciplina foi avaliada como ótima ou boa pelos estudantes. Conclusão: Embora a participação das escolas médicas neste levantamento tenha sido baixa (24,5%), foi considerada suficiente para se concluir que o ensino de Medicina do Trabalho nas escolas médicas brasileiras ainda é incipiente, demandando maior atenção das entidades governamentais.

Palabras clave: Medicina do trabalho; instituições acadêmicas; medicina; questionários.

2011-10-03   |   508 visitas   |   Evalua este artículo 0 valoraciones

Vol. 9 Núm.1. Junio-Junio 2011 Pags. 15-25 Revista Bras. Med. Trab. 2011; 9(1)